quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Vistas do Miradouro da Senhora do Monte


No âmbito da notícia que um grupo de lisboetas constitui-se, no passado dia 11 de Novembro, como parte interessada no processo urbanístico relativo a um terreno na Calçada do Monte analiso os mecanismos que os moradores têm a seu dispor para reagir a este projeto.
O que se discute é a construção de um edifício de habitação que corre o risco de roubar uma parte significativa das vistas do Miradouro da Senhora do Monte.
O edifício que nasceria no topo da Calçada do Monte, na Freguesia de São Vicente teria nove metros de altura e por essa razão privaria do tão conhecido miradouro a sua famosa vista.
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou já um Pedido de Informação Prévia para um edifício naquele sitio no sentido de apurar em que termos um projeto dessa envergadura poderia ser realizado. Para que haja a construção será necessário um processo de licenciamento que ainda não foi aprovado.
Apesar do Presidente da Câmara de Lisboa ter assegurado que não iria serem aprovado “nenhum projeto para aquele local que  não respeite a integridade do que todos amamos” continua a existir uma continua preocupação dos moradores da zona assim como de outros Lisboetas (que se traduziu até numa petição pública) de evitar o avanço do projeto por todas as desvantagens que possa implicar.
Entre os impactos negativos que podem se realizar temos: a afetação da Zona Especial de Proteção do Miradouro (ZEP) e da Ermida da Senhora do Monte, a afetação de 40% das vistas que são protegidas pelo Plano Diretor Municipal, o terreno localizar-se numa zona com “muito elevada” vulnerabilidade sísmica.


Assim, e no âmbito do Código de Processo Administrativo este grupo de Lisboetas tem legitimidade ativa para a instauração de uma ação de impugnação caso o projeto seja aprovado nos termos do artigo 9º/2 e artigo 55º/1f)– a instauração de uma ação popular para a defesa da legalidade e defesa do interesse público, interesses e bens que estão constitucionalmente protegidos como o ordenamento do território, o urbanismo e a qualidade de vida.


Marta Gaspar 140115123

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